terça-feira, 27 de abril de 2010

VI - Optar por ser diferente

Carla vem de um lar com uma mãe reservada e retraída, e um pai viciado em trabalho. Para obter atenção deles, ela começou a ser a super-realizadora na família com tudo o que fazia, ela ainda sentia que não tinha provado o seu valor, continuou a buscar meios de provar-se digna de amor.
Na faculdade conheceu um homem que veio a ser seu esposo, e juntos planejaram uma grande família. Deixou de lado a sua carreira e tornou-se a Sra Carla, a dona de casa . O tempo passou e Carla não engravidou. Por não conseguir engravidar o fantasma de seu passado tornou uma presença que a assombrava - "Você não é digna "! Fez tudo que pode sem conseguir êxito, para piorar a situação seus pais faleceram, com isso os sentimentos de culpa, rejeição e perda se multiplicaram. Seu marido era parecido com seu pai, estava cada vez mais envolvido com seus assuntos, logo comentaram-se sobre outra mulher na vida dele, para complicar ainda mais a tal mulher teve um filho. O mundo de Carla se abalou quando o marido pediu-lhe o divórcio. Tudo estava perdido, rejeitada por seus pais e agora por seu marido; a depressão tornou-se sua companheira. Carla voltou a trabalhar e retornou à escola para se atualizar. Sua vida já estava caminhando bem, quando surgiu um novo homem. Casou-se novamente, porém continuou a trabalhar. E como não conseguia engravidar, eles adotaram um filho e 2 anos depois uma filha. tudo parecia completo, daí ela deixou o trabalho para se dedicar aos filhos. A história de outra mulher aconteceu novamente, porém ela era tão apegada aos filhos, que se sentia segura com eles. Mas os filhos crescem e, se afastam de nós, mais uma vez Carla sente a dor da rejeição.
A vida é as vezes cruel, passamos por tantas coisas difíceis , situações desagradaveis. Na verdade, tudo seria mais facil se soubessemos lidar com nossas emoções. Elas muitas e muitas vezes nos engana. Principalmente quando achamos que não somos merecedoras de amor, nós somos; Nascemos pra ser feliz, amar e ser amadas. Nossas emoções nos engana e nos faz andar em circulo, sem chegar a lugar algum...É tempo de ser feliz, de deixar aquela criança de lado e amadurecer. Se a vida nos negou algo, não significa que será sempre assim, tudo muda.
As coisas mudam quando optamos por isso, quando não aceitamos mais que nossa insegura guie nossa vida.
A questão toda não era o fato de Carla largar a carreira para ser dona de casa, tem tantas donas de casa que são felizes e resolvidas. A questão é que ela não sabia lidar com suas emoções, até que ponto ela tinha razão, se tinha razão. Não podemos viver a nossa vida em função das pessoas, nem as pessoas viverão as suas vidas em nossa função, sempre haverá uma troca, e quando nossa emoção está equilibrada, exigimos menos dos outros e de nós mesmas.
Quando entendemos que amor não se exige, passamos a cobrar menos dos outros.
Precisamos entender que os pais um dia morrem, os filhos crescem e seguem suas vidas, por isso não podemos viver a vida em função deles. Aprenda a curtir seu marido, a se divertir, passear muito, serem amigos, amantes ... Tem mulheres que colocam os filhos acima de tudo, e quando eles saem de casa, sobram a solidão, e dois estranhos numa casa.
Os filhos são resultado de uma união de duas pessoas que se amam. E quando eles chegam essa união deve continuar a mesma, senão melhor.



Nenhum comentário:

Postar um comentário